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Título: Battle Royale
Título Original: Batoru Rowaiaru
Autor: Koushun Takami
Editora: Globo
Páginas: 663
Ano: 2014
Nota: 5/5
Esse livro estava na minha listinha pois acabei descobrindo que era parecido com Jogos Vorazes, porém mais pesado, e dizer apenas isso é pouco, esse livro é sangrento ao extremo. Apesar de que geralmente eu não gosto de história com muitas lutas, nesse eu não conseguia desgrudar.
Ganhei esse livro de presente do meu namorado, e já passei para frente em minhas leituras. A capa é impecável, tanto pela imagem que já mostra um pouco sobre o tema como os auto relevos que deixam uma gracinha. A fonte é boa, daquelas que fazem você virar a folha e nem vê o quão longe está. Apesar de ser grosso e aparentar ser uma leitura lenta eu li tranqüilamente em dois dias.
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O velho Japão se tornou a República Da Grande Asia Oriental, onde o governo é totalitário e opressor. É proibido consumir, ter posse de qualquer coisa que não seja de nacional, principalmente dos EUA pois eles vivem em constante conflito. Qualquer manifestação cultural de outros locais é considerada como desrespeito. Qualquer tipo de relação de músicas com rock é proibida, pois as letras são consideradas impróprias. Os policiais podem matar qualquer cidadão em qualquer lugar.
A história começa em uma viagem dentro do ônibus, com a turma do nono ano. Narrada em terceira pessoa primeiramente somos apresentado ao Shuya, um adolescente de 15 anos um tanto rebelde, queridinho entre as meninas de sua sala, ótimo esportista e apaixonado por rock e guitarra. Aos cinco anos de idade perdeu seus pais em um acidente e foi mandado para o orfanato onde viveu com pessoas boas e fez amizade com Yoshitoki.
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Nos primeiros capítulos enquanto a viagem acontece vemos pelo ponto de visto do Shuya a relação dele com os alunos da classe, ele aponta os grupinhos como os valentões, os estudiosos, os neutros, as problemáticas, os esportistas. Conseguimos captar o significado de cada aluno para ele.
Em um ponto da viagem algo estranho acontece e todos acabam adormecendo. Aos poucos os alunos vão acordando dentro de uma sala com disposição dos alunos iguais a da classe, todos uniformizardes e com colares estranhos.
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Um homem chega e se apresenta como um professor e lhes conta que estão fazendo parte do PROGRAMA, um experimento militar com alunos do nono ano, são selecionados aleatoriamente e precisam lutar até a morte, o único sobrevivente ganha uma pensão vitalícia e um cartão autografado pelo supremo líder.
Os alunos ficam todos apavorados, pois a chance de serem escolhidos era mínima, eles conhecem sobre o temido programa por livros e algumas noticiais nos jornais, mas se deparar dentro do jogo é totalmente aterrorizaste.
Devido há alguns desentendimentos com o supervisor o amigo de Shuya é o primeiro a morrer, de uma forma violenta e rápida, ainda na sala em meio as explicações mais uma garota é morta.
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As instruções são claras, um aluno pega uma bolsa aleatória entregue pelos policiais, ela contêm água, pão, mapa da ilha e alguma arma, desde garfo, machado, pistola até metralhadora. Depois de dois minutos o próximo aluno sai do mesmo modo.
Para o jogo não se tornar parado com alguns alunos sempre no mesmo lugar, a ilha é dividida em quadrantes. O supervisor tem algumas horas exatas para falar por toda a ilha, avisa os mortos e os quadrantes que estão proibidos, assim os alunos são obrigados a se retirar, se não saírem o colar dispara uma bomba. O colar serve também para em caso de fuga no mar, são detectados e disparados.
Se dentro de 24:00H desde a ultima morte não tiver mais nenhuma, os colares são acionados e todos morrem.
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É aqui que os jogos começam, ainda acompanhamos Shuya que viu seu amigo morrer, e com pesar no coração decide se aliar a Noriko que era o amor de seu amigo e também sua amiga. Ela foi ferida na sala enquanto tentava ajudar a salvar Yoshitoki.
Eles se encontram e ficam fugindo até esbarrarem com Shogo, o garoto mais quieto e reservado da classe, veio reprovado e transferidos de outra escola, muitos boatos corriam sobre ele pelo modo de ser e pois tinha muitas cicatrizes pelo corpo.
Eles acabam se juntando e se ajudando, Shogo é muito inteligente e perspicaz, o que leva os dois amigos a se questionarem porque nunca tinham interagido com ele. Mas ele ainda mantém alguns segredos e tem um plano de fuga.
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Agora podemos conhecer outros alunos, com partes dedicadas a mais personagens podemos entrar na vida de cada um dele, os medos, as reservas, os temores, a solidão. Todos encaram o jogo de uma forma e tem que lidar da melhor maneira possível com isso. Conhecemos também o passado dos alunos, a vida alegre ou sofrida, o relacionamento entre os amigos de classe.
Há aqueles que desejam fazer alianças com seus amigos, planejar um planos de escapatórias, aqueles que se assustam com a realidade e apenas fogem, os que esperam o que tiver de acontecer, e os lunáticos disponíveis a tudo para se manter vivo.
Há uma mescla tão grande de gente, de desumanos a apaixonados, conseguimos nos apegar a alguns e como eles fazem de tudo para salvar quem amam. As mortes são muito bem detalhadas e realistas, da para ver sangue escorrendo pelas letras do livro.
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Depois de tantas lutas, o final é espetacular. Nas últimas páginas eu não consegui segurar a ansiedade, pois achava que iria acontecer algo, mas na verdade não é isso. Não poderia terminar melhor, depois de tanto sofrimento ainda há esperança.
Frase de Interpretação
"Eles foram escolhidos e jogados para se matarem, sem aviso ou justificativa. Mas no fim quem luta com estratégia e verdadeiros amigos, acaba vencendo."
MELHOR LIVRO DO MUNDO!!!! AHUAHUAHUAH
ResponderExcluirOlha, não li tão rápido quanto você, mas foi uma leitura bem fluida também!
O que pegou pra mim foram os nomes! Depois de um tempo eu só sabia o nome dos protagonistas. Daí falava de um que morreu, aí aparecia um que não sabia se já tinha aparecido ou não, fiquei tão confuuuuuso. Mas aí o povo foi morrendo tudo e aí já sabia quem era quem HAUHAUHAUAH
Dá preguiça, mas um dia vou ler de novo. MUITO BOM!!!
Acho que não tem nada a ver ficar fazendo comparações, mas gosto de fazer pirraça só pra ver o circo pegar fogo então lá vai:
MELHOR QUE JOGOS VORAZES
Bjo!!
=D
http://osdragoesdefogo.blogspot.com/
Falou tudo Kaio ushahsuh não faço parte desse povo louco por Jogos Vorazes, e consegui separar bem as historias, até porque esse livro é muito mais violento e foge do romantismo, como eu falei geralmente não gosto de cenas de lutas, mas aqui eu ficava tão apreensiva para saber quem iria sobreviver e morrer.
ResponderExcluirEu sou uma negação para guardar nomes em qualquer livro, dai sempre escrevo os nomes dos personagens e qual o papel deles, mais ainda assim eram tantos nomes que me perdia suahsuhauhs
Beijinhos ;***